Vento que sopras
Vento que sopras
Sonhos perdidos
Desgraças presentes
Amores esquecidos
A ar que respiro
O sangue que verto
Gerado no ventre da triste indiferença
Morte que morre é tua sentença
A luz que se apaga,
O fogo que extingue,
A traça que come o veludo
O teu olhar carrancudo
A curva que abranda
O prazer da debanda
O calor que arrefece e aquece o vazio
Vento que sopras
Sonhos perdidos
Desgraças presentes
Amores esquecidos
O vinho que bebo
O ar que repulso
Criado no fétido antro do abuso
A dor no meu peito recuso
O som que ensurdece
O grito enlouquece
O tempo que corrói a alma
O estigma que não cabe na palma
A escada que cresce
O passo que encurta
O doce abanar da batuta
Vento que sopras
Sonhos perdidos
Desgraças presentes
Amores esquecidos
Antero Fernandes
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